Criei este blog enquanto instrumento de aproximação às cidadãs e aos cidadãos. É um conceito simples que visa partilhar os percursos, o trabalho e a visão das coisas de uma mulher, cidadã, politicamente comprometida no exercício da sua primeira experiência parlamentar e conhecer as opiniões e sugestões de quem me contacta, por exemplo, as suas.

A José Nascimento e António Barbosa agradeço respectivamente, a fotografia e a música.

O debate sobre a questão da eutanásia tem de se fazer com tempo e serenidade



Participei numa Conferência sobre a problemática da eutanásia, realizada no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).

A mesa foi moderada pela Prof.ª Doutora Paula Balão (Professora Universitária no ISCSP) e também participaram:

Duarte Cordeiro (Secretário Geral da Juventude Socialista)
José Paulo Carvalho (Deputado na AR não-inscrito, eleito pelo CDS-PP)
Joaquim Quintino-Aires (Pres. Inst. de Psicologia Aplicada e Formação)

A moção que subscrevi, e cujo primeiro subscritor é o Deputado Marcos Sá, denominada “Dignidade Humana, sempre!” sustenta que:

...Em nome da dignidade humana dever-se-á promover investimento público prioritário no desenvolvimento dos cuidados paliativos, inseridos nas diferentes instituições do Serviço Nacional de Saúde, assim como na formação de recursos humanos especializados, criando condições para que os doentes terminais possam ser ajudados a ter a melhor qualidade de vida possível dentro do seu quadro clínico;

Promover o debate sobre a eutanásia com a sociedade civil, com o objectivo de dar a conhecer as suas práticas, na perspectiva do respeito integral da liberdade individual.

Hoje, eu acrescentaria um outro ponto na convicção que, as necessidades do doente e da família determinam uma abordagem holística do sofrimento, o que determina que se construa uma rede de suporte, integrada, tecida no fio dos cuidados paliativos e dos cuidados continuados, de reabilitação e manutenção.

Na sociedade portuguesa o debate sobre a eutanásia vai fazer-se por aproximações, pelo que, temos de caminhar com o cuidado de quem transporta uma matéria de grande delicadeza, na convicção que não é por se continuar a ignorar que ela deixa de existir.

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