Criei este blog enquanto instrumento de aproximação às cidadãs e aos cidadãos. É um conceito simples que visa partilhar os percursos, o trabalho e a visão das coisas de uma mulher, cidadã, politicamente comprometida no exercício da sua primeira experiência parlamentar e conhecer as opiniões e sugestões de quem me contacta, por exemplo, as suas.

A José Nascimento e António Barbosa agradeço respectivamente, a fotografia e a música.

Universidade de Verão do Partido Socialista - Federação do PS Setúbal

No passado sábado participei na Universidade de Verão da Federação de Setúbal, a convite do seu Presidente, o meu estimado amigo Vítor Ramalho.
  • Na sessão, moderada pelo jornalista Cesário Borga, também participaram o sociólogo Pedro Adão e Silva e o Dr. Mário Soares.
Num contexto de grande informalidade conversámos sobre temas como: a política e a importância dos partidos, a comunicação social e a política e desenvolvimento e solidariedade.
Na minha intervenção denominada:“Política: pela derrota do sniper, a favor da democracia cognitiva e dos compromissos. Em defesa dos partidos e da cidadania política”, partilhei algumas das minhas convicções, com militantes e independentes, nomeadamente que:
  • O exercício do mandato político, enquanto expressão e expectativa dos cidadãos, é pois, um acto de compromisso com a qualidade de vida e bem estar dos cidadãos. O político é o timoneiro de uma embarcação que precisa de rumo, o descobridor de um território na rota do desenvolvimento humano. Independentemente da forma como se equaciona o papel do Estado, se a política não assumir essa função através das políticas públicas, é preferível chamar selva à sociedade que levou séculos a edificar.

  • Como nos diz o nosso tão saudoso Agostinho da Silva a propósito da política e dos políticos “E não se julgue que se defende a ideia de um homem que, sendo santo, faz política ou que, sendo político, se encaminha à santidade. O que se quer é a totalidade de um homem em potência lutando pela totalidade do homem em acto; o ser batendo-se pelo direito de ser”. Recordo-me de o ouvir nos inícios dos anos 90, na “Estufa-Fria” em Lisboa, numa das suas conferências em diálogo em que defendia o papel de Portugal na vanguarda da cultura.
  • A política ou a derrota do sniper não é mais do que uma metáfora para ilustrar a ideia de que não podemos ter cidadãos contra políticos, nem políticos longe dos cidadãos. Na linha de Agostinho da Silva, há políticos que acreditam que não se vai para a vida pública para esculpir o mundo de outra forma mas determinados pela convicção de se moldarem a si próprios, inspirados pelo espírito de serviço.

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