Criei este blog enquanto instrumento de aproximação às cidadãs e aos cidadãos. É um conceito simples que visa partilhar os percursos, o trabalho e a visão das coisas de uma mulher, cidadã, politicamente comprometida no exercício da sua primeira experiência parlamentar e conhecer as opiniões e sugestões de quem me contacta, por exemplo, as suas.

A José Nascimento e António Barbosa agradeço respectivamente, a fotografia e a música.

POR PORTUGAL


 
A forma como os mercados são apresentados, como se tivessem personalidade própria, coloca os países mais frágeis como anões perante Golias. Recentemente o Dr. Mário Soares chamou aos mercados "os monstros do nosso tempo". Atingimos um ponto em que a insustentabilidade do dogma da capacidade de auto-regulação dos mercados, se revelou em toda a sua dureza.

A forma como o neoliberalismo tem evoluído vem colocar a debate o papel da política como factor de regulação das sociedades. Mais do que um ajustamento de expectativas, é o paradigma de governação que está em causa. Se há coisa que ficou clara para quem defende um modelo de sociedade sustentável, orientada para a coesão social, é que o Estado tem de assumir a sua vocação reguladora.

Actualmente, os efeitos devastadores da crise financeira e económica dificultam a capacidade dos Estados assumirem essa função, mas nada impede que se questionem as regras, nomeadamente quando tratam de forma idêntica situações profundamente desiguais. Será que os países mais frágeis estão efectivamente condenados a aceitarem todas a imposições, por exemplo o pagamento da dívida soberana em prazos tão curtos? A resposta é complexa mas as actuais circunstâncias não nos devem impedir de questionar a realidade.

Há três desafios que um dia vão ter de resolver:

1) A necessidade de encontramos um novo equilíbrio entre a esfera do político e do económico; 2) A capacidade de conjugarmos o facto de pertencermos a uma União Europeia, com o direito à manutenção das nossas identidades próprias e à satisfação das necessidades do País e das Regiões, e 3) A sabedoria de nos sentarmos à mesa para dialogar e construir perspectivas comuns do desenvolvimento.

Portugal também vai ter de se posicionar e fazer as suas escolhas. Os desafios são conhecidos e idênticos aos da maioria dos países europeus. Neste momento, a salvaguarda das medidas políticas em curso, e que têm contribuído para a construção do País, bem como o caminho a seguir, vão depender muito do modelo político que se adoptar e, sobretudo, do Partido Político que estiver governar nos próximos tempos.

A política deve ser inclusiva, defender os Direitos Humanos, promover a Justiça e a equidade social. Por isso, o modelo de sociedade defendido pelo Partido Socialista é o que melhor serve o desenvolvimento de Portugal. Como? Promovendo a salvaguardada de direitos fundamentais e a conciliação entre a defesa do Estado Social e a qualificação dos Serviços Públicos, e a modernização e competitividade da nossa economia.

O PS é um Partido plural que se pauta pelos valores da esquerda democrática de liberdade, igualdade e solidariedade. Os desafios da crise global e social, exigem uma alternativa ao neoliberalismo e o PS pode dar um forte contributo. A sua agenda aponta caminhos que temos de continuar a percorrer e aprofundar.

Já tenho escrito sobre os investimentos realizados, mas vale a pena dar apenas dois exemplos. Por um lado, o reforço da rede de equipamentos sociais traduziu-se em mais de 4000 camas na área dos cuidados continuados, ou seja, no apoio a pessoas idosos ou dependente. Por outro lado, a taxa anual de exportações subiu significativamente nos últimos cinco anos.

Existem sinais bastantes para acreditarmos que vamos construir o futuro de Portugal, um País que não se resigna.

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