Criei este blog enquanto instrumento de aproximação às cidadãs e aos cidadãos. É um conceito simples que visa partilhar os percursos, o trabalho e a visão das coisas de uma mulher, cidadã, politicamente comprometida no exercício da sua primeira experiência parlamentar e conhecer as opiniões e sugestões de quem me contacta, por exemplo, as suas.

A José Nascimento e António Barbosa agradeço respectivamente, a fotografia e a música.

O novo ciclo Socialista


Os actuais problemas e os desafios que se colocam à sociedade portuguesa, vão exigir adaptações a vários níveis e os partidos políticos não são imunes à mudança. A eleição de António José Seguro como Secretário Geral do Partido Socialista, é uma oportunidade para lançar e concretizar novas ideias. E não vale a pena ter a expectativa de que tudo se resolve pela mão de um só homem. O Partido Socialista vai precisar da vontade e da mobilização de todos.

Esta eleição obteve a votação mais expressiva desde 2004. O PS tem uma forte capacidade instalada, muitos são aqueles que querem dar o seu contributo, assumir a militância política mesmo nas horas mais difíceis. Estas pessoas e muitas outras que não tiveram oportunidade de votar por não terem as quotas pagas, situação a rever com urgência, querem um PS vivo.

Quaisquer que sejam as mudanças a fazer, vão passar sempre por encontrar um sentido para a participação dos seus militantes e independentes. Para isto o PS, no seu conjunto, terá de ser capaz de se abrir à sociedade e afirmar a força dos seus valores. O caminho da democracia faz-se com a participação de todos. É fundamental prosseguir no sentido dos valores Igualdade, Liberdade, Solidariedade e Progresso.

O país precisa do PS como alternativa política à maioria de direita. Num país com um dos salários mínimos mais baixos da Europa, com um salário médio de cerca de 700 euros, o PS tem a responsabilidade de continuar a pugnar por mais justiça social. Em nome da equidade e de um país verdadeiramente qualificado, o PS tem a nobre missão de defender o Estado Social, nomeadamente pugnar por uma educação de qualidade para todos.

Da mesma forma que o Estado tem de ser um parceiro responsável da Sociedade civil. Aqui também há um longo percurso a fazer. A sua relação com as empresas e com as associações do terceiro sector, tem de ser revista à luz dos princípios de transparência, do compromisso e do respeito institucional. Cada um destes princípios exige ajustamentos. O mesmo acontece com o papel de regulação exercido pelo Estado.

Os compromissos com a Troika têm um impacto forte na sociedade portuguesa, mas a vida não se esgota nesses compromissos. É preciso resolver os problemas que temos com pragmatismo mas no limite são os valores que orientam as escolhas de cada um. Aqui faz-se sentir a força da diferença entre direita e esquerda.

Os tempos são difíceis, vão exigir muita lucidez, ponderação e a convicção que as pessoas e o País estão primeiro. É altura de afirmar de forma construtiva, com sentido de Estado, novas propostas para o desenvolvimento sustentável da sociedade portuguesa. Este é o grande desafio quando os recursos são escassos e os que existem têm de ser melhor repartidos.

Mais do que nunca, a fibra dos partidos políticos vai ser posta à prova. Exista inteligência colectiva e Portugal vai conseguir dar o salto que precisa e a democracia fica a ganhar. Os dados estão lançados, o novo ciclo do PS está empenhado em construir novos caminhos para Portugal.

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