Criei este blog enquanto instrumento de aproximação às cidadãs e aos cidadãos. É um conceito simples que visa partilhar os percursos, o trabalho e a visão das coisas de uma mulher, cidadã, politicamente comprometida no exercício da sua primeira experiência parlamentar e conhecer as opiniões e sugestões de quem me contacta, por exemplo, as suas.

A José Nascimento e António Barbosa agradeço respectivamente, a fotografia e a música.

Notas soltas sobre o meu trabalho no mês de Junho (I)



VISITA AO PARLAMENTO DE ALUNOS DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO

No dia 12 participei num encontro com alunos das escolas de 1º Ciclo do Ensino Básico promotoras do Projecto Educativo “À Descoberta das 4 Cidades” respectivamente, Marinha Grande, Fundão, Vila Real de Santo António (que não tiveram oportunidade de estar presentes) e Montemor-o-Novo.

Neste encontro as crianças tiveram oportunidade de colocar questões aos deputados, como por exemplo: “O que é necessário fazer para ser político?”

A minha sugestão foi começar desde já, a participar activamente na vida da escola, a apresentar as suas ideias para resolver os problemas e a expressar a sua opinião em todas as ocasiões e sobre todos os assuntos e formar equipa com os colegas para desenvolverem iniciativas que façam da sua escola e da sua rua, um sitio melhor para todos!

A educação para a cidadania e nomeadamente para a cidadania política, é um processo de formação contínua que implica a interiorização de determinados valores que temos de ir fomentando nas nossas crianças.



IMPRENSA REGIONAL


No dia 11 realizou-se a audição do Ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva, em sede da Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura.

A minha interpelação relacionou-se com o apoio estatal à imprensa regional porque defendo que tem um papel importante a vários níveis, como já tive ocasião de escrever. Assim, procurei sensibilizar o Ministro Augusto Santos Silva para que se mantenha em aberto o debate sobre os apoios que melhor servem as empresas do sector, sem prejuízo do respeito pela livre concorrência.

O apoio à imprensa regional e local está previsto em sede de orçamento de Estado e existem medidas em curso. No entanto, sobretudo em zonas mais despovoadas, com menor número de leitores, colocam-se questões de mercado a que devemos estar atentos para que os jornais tenham sustentabilidade.

Esta questão não é consensual, há quem defenda que o papel da imprensa regional é pouco relevante e que está mais dependente de interesses e sujeita a pressões, o que interfere com a sua capacidade de informar com neutralidade e isenção. Ainda que seja sensível a este argumento, considero que a eficácia do combate ao problema passa sobretudo pela total profissionalização e modernização do sector, o que implica que as empresas tenham meios para o garantir.

Relembro as minhas razões para defender a imprensa regional:

Confere visibilidade às questões locais. A sua proximidade às regiões faz que confira especial atenção às questões locais e não só às grandes questões de âmbito nacional, dando-lhe uma visibilidade que de outra dificilmente teriam.

É um instrumento de aprofundamento da Democracia. Antes de mais facilita a proximidade com as ideias dos seus políticos e dirigentes locais. É um estímulo à cidadania activa porquanto facilita o acesso do cidadão comum à comunicação social, permitindo-lhe participar na vida da comunidade com as suas opiniões e ideias e promove o debate.

Estimula a leitura. Ao abordar questões locais e divulgar a opinião e as ideias de pessoas da região suscita a curiosidade e o interesse do leitor.

A realidade é que num país como Portugal, onde a participação das pessoas na vida da comunidade ainda está tão aquém do desejado, a comunicação social regional e local pode ter um papel fundamental na dinamização das nossas comunidades.


EDUCAÇÃO ESPECIAL E NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS


No dia 7 de Junho participei no “Encontro Temático: Educação Especial”, em Lisboa, cujo principal objectivo era reflectir sobre os contributos da Classificação Internacional de Funcionalidades para Crianças e Jovens (CIF-CJ) na intervenção com crianças e jovens com necessidades especiais de educação. Este instrumento está a começar a utilizar-se pela primeira vez em Portugal.

Das intervenções, de distintos especialistas nacionais e estrangeiros, deixo apenas uma nota que considero essencial para o debate sobre a temática:
1. “How can the ICF-CY, be used to ensure the children´s rights to education?” De outra forma: Como é que a CIF-CJ pode ser utilizada de forma a garantir o direito das crianças à educação?

A resposta à questão introduzida por Rune Simeonsson é fundamental para se perceber quem são as crianças que vão ser abrangidas, uma vez, que uma utilização mais restritiva da CIF-CJ poderia deixar sem apoio especializado crianças com necessidades educativas especiais que não se enquadrassem em determinados critérios de elegibilidade nomeadamente, dentro de determinados tipos e graus de deficiência.

Desta forma estaríamos a comprometer o direito dessas crianças a aprender de acordo com as suas necessidades e situação específica, condição de uma Escola para todos e para todas. O combate ao insucesso escolar não nos merece tréguas e a CIF-CJ pode ser muito útil se não deixar ninguém para trás porque a educação é um dos principais factores de desenvolvimento humano e da sociedade portuguesa, em particular.

A organização do Encontro anunciou que as respostas às questões colocadas por escrito pelos participantes, vão estar disponíveis no site do Ministério da Educação ou da Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular http://sitio.dgidc.min-edu.pt/
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