O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza assinala-se hoje, 18 de Outubro.
Em 2000, na sede da ONU, todos os países assumiram o compromisso de reduzir a pobreza para metade até 2o15. Do sucesso desse compromisso dependerá, ou não, acabar definitivamente com a pobreza no mundo. Esta utopia apenas será partilhada pelos que defendem o respeito pela dignidade humana, um valor alheio a muitas sociedades. Mas na realidade, a luta pela paz no mundo não o pode contornar. Assim, tenho esperança que muitos países consigam atingir essa meta. É importante que o façam em nome da sustentabilidade da humanidade!
A sua concretização exige pragmatismo e assenta num pilar estruturante: a repartição primária de rendimentos. No entanto, hoje o presidente da CIP, Francisco Van Zeller vem defender que os salários baixos são necessários para 25 por cento das nossas exportações e que muitas das empresas exportadoras dependem dos salários baixos.
O aumento dos salários é uma tarefa complexa mas estamos a falar de lutar contra o aumento do salário mínimo nacional para os 500 euros. Durante esta legislatura o Governo do PS, em sede de concertação social, empenhou-se, como nenhum outro, com a subida progressiva do salário mínimo, seria expectável que, no mínimo, os parceiros sociais não viessem colocar esta questão quando a nossa economia tem de resolver um problema grave: a baixa produtividade!
Termino com a referência de Alfredo Bruto da Costa às palavras do Director-Geral da OIT: "A persistência da pobreza é uma acusação moral dos nossos tempos".
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