Criei este blog enquanto instrumento de aproximação às cidadãs e aos cidadãos. É um conceito simples que visa partilhar os percursos, o trabalho e a visão das coisas de uma mulher, cidadã, politicamente comprometida no exercício da sua primeira experiência parlamentar e conhecer as opiniões e sugestões de quem me contacta, por exemplo, as suas.

A José Nascimento e António Barbosa agradeço respectivamente, a fotografia e a música.

JOVENS e políticas municipais


A participação dos JOVENS nas políticas municipais

 
 
Este assunto dá pano para mangas, mas o "pano é curto" numa época marcada pela descrença dos jovens na política. Assim, ao aproximarem-se as eleições autárquicas é tempo de parar para refletir e avançar com medidas que promovam a sua participação na vida das comunidades.

Só o diálogo mais próximo com os jovens os pode levar a acreditar que  "é sua a comunidade onde vivem". Esta aposta é ganhadora em todas as frentes. Por um lado, é crucial para desenvolverem um sentimento de pertença ao território, para construírem laços que os vão manter para sempre ligados  à comunidade onde se sentiram respeitados e acarinhados. Por outro lado, para se desenvolverem como cidadãos de pleno direito, cidadãos convictos dos seus direitos e deveres na construção do presente e implicados no futuro.

A liberdade conquista-se, mas a democracia constrói-se com a  participação de todos. Ao conhecermos a forma de organização de outros lugares, ficamos com a clara noção do quanto ainda há a fazer em Portugal, em matéria de mobilização dos jovens em relação a questões fundamentais para a vida nas comunidades, para o bem-estar e para o seu desenvolvimento. É tempo de apostar num caminho de mudança.

É tempo de fazer os jovens acreditar, de lhes dar oportunidades de participação. A realização de festivais de música e outros, o incentivo à prática desportiva, são iniciativas muitos importantes, mas atualmente é necessário ser mais ambicioso. A participação não pode ser vista de forma passiva. Os seus contributos podem sem mais amplos à escala do país, mas sobretudo do concelho e da freguesia.

Os jovens e mesmo as crianças têm muito para dar se forem ouvidas. Como?  Primeiro, se forem informadas de forma séria. Segundo, se forem escutadas com atenção as suas opiniões. E sobre o quê? Interrogamo-nos nós. Informadas sobre o que existe nas suas comunidades (organizações, serviços, espaços etc.) e ouvidas sobre o que gostariam que houvesse e não existe, sobre propostas em áreas concretas, no plano da educação e cultura, das novas tecnologias, por exemplo, mas também na procura de soluções para problemas, etc. etc.

Como é que podem participar? Através da criação de mecanismos nas escolas que fomentem a participação das crianças e dos jovens, de fóruns e comissões municipais, por exemplo. Nas modalidades Alargadas das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, de base concelhia, e que no nosso país apenas 6 municípios resistem em criar, designadamente, Arraiolos, Estremoz, Montemor-o-Novo, Mora, Vendas Novas e um no distrito de Viseu.

Os nossos futuros autarcas devem ser ousados, acreditarem nos jovens e no seu potencial, e construírem com eles alternativas para a vida nos seus concelhos. Afinal a proximidade torna tudo mais fácil. A política autárquica tem poder para mudar as coisas, para fazer diferente. A requalificação da política passa por isto. Por políticas de proximidade por estar ao lado das pessoas e construir com as pessoas. E os jovens são pessoas criativas, com capacidade para fazer acontecer o impossível!

 
 

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