A participação dos JOVENS nas políticas
municipais
Este assunto dá
pano para mangas, mas o "pano é curto" numa época marcada pela
descrença dos jovens na política. Assim, ao aproximarem-se as eleições
autárquicas é tempo de parar para refletir e avançar com medidas que promovam a
sua participação na vida das comunidades.
Só o diálogo mais
próximo com os jovens os pode levar a acreditar que "é sua a comunidade onde vivem".
Esta aposta é ganhadora em todas as frentes. Por um lado, é crucial para
desenvolverem um sentimento de pertença ao território, para construírem laços
que os vão manter para sempre ligados à
comunidade onde se sentiram respeitados e acarinhados. Por outro lado, para se desenvolverem
como cidadãos de pleno direito, cidadãos convictos dos seus direitos e deveres
na construção do presente e implicados no futuro.
A liberdade
conquista-se, mas a democracia constrói-se com a participação de todos. Ao conhecermos a forma
de organização de outros lugares, ficamos com a clara noção do quanto ainda há
a fazer em Portugal, em matéria de mobilização dos jovens em relação a questões
fundamentais para a vida nas comunidades, para o bem-estar e para o seu
desenvolvimento. É tempo de apostar num caminho de mudança.
É tempo de fazer
os jovens acreditar, de lhes dar oportunidades de participação. A realização de
festivais de música e outros, o incentivo à prática desportiva, são iniciativas
muitos importantes, mas atualmente é necessário ser mais ambicioso. A
participação não pode ser vista de forma passiva. Os seus contributos podem sem
mais amplos à escala do país, mas sobretudo do concelho e da freguesia.
Os jovens e mesmo
as crianças têm muito para dar se forem ouvidas. Como? Primeiro, se forem informadas de forma séria.
Segundo, se forem escutadas com atenção as suas opiniões. E sobre o quê? Interrogamo-nos
nós. Informadas sobre o que existe nas suas comunidades (organizações,
serviços, espaços etc.) e ouvidas sobre o que gostariam que houvesse e não
existe, sobre propostas em áreas concretas, no plano da educação e cultura, das
novas tecnologias, por exemplo, mas também na procura de soluções para
problemas, etc. etc.
Como é que podem
participar? Através da criação de mecanismos nas escolas que fomentem a
participação das crianças e dos jovens, de fóruns e comissões municipais, por
exemplo. Nas modalidades Alargadas das Comissões de Proteção de Crianças e
Jovens, de base concelhia, e que no nosso país apenas 6 municípios resistem em
criar, designadamente, Arraiolos, Estremoz, Montemor-o-Novo, Mora, Vendas Novas
e um no distrito de Viseu.
Os nossos futuros
autarcas devem ser ousados, acreditarem nos jovens e no seu potencial, e
construírem com eles alternativas para a vida nos seus concelhos. Afinal a
proximidade torna tudo mais fácil. A política autárquica tem poder para mudar
as coisas, para fazer diferente. A requalificação da política passa por isto.
Por políticas de proximidade por estar ao lado das pessoas e construir com as
pessoas. E os jovens são pessoas criativas, com capacidade para fazer acontecer
o impossível!
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